quarta-feira, 6 de abril de 2011

Queremos a verdade. Nada mais que a verdade.

Todo mundo quer alguém para ficar bem perto e para dividir conosco as experiências, vícios e virtudes. As verdades, enfim. Isto é o que de fato esperamos (olha o fato aí de novo).

Temos a necessidade de ver para crer. De confirmar o episódio. Tem gente que não consegue terminar uma frase sequer sem fazer aquela famigerada pergunta: “não é verdade?”

Logo cedo tratamos de escolher as “nossas verdades”. Um combinado ideológico que carregamos durante a vida toda e respeitamos toda vez que temos uma decisão a tomar. Uma espécie de doutrina, um mantra da verdade absoluta interior.

Mas nem todo mundo quer assumir que sua própria verdade foi criada por si mesmo, portanto, tem é claro o enorme potencial de ser, na verdade, uma grande e auto-alimentada (pasmem) mentira!

O que às vezes a gente acha que quer é alguém que nos diga sempre a verdade, sem privar-nos de nenhum ínfimo detalhe. A verdade nua e crua, atirada no meio da cara, como se fosse uma torta de glacê arremessada pelo inimigo. Um tabefe dado com aquela crueldade que só uma verdade das bem cabeludas é capaz de carregar. Sem dúvida nenhuma: a verdade é o que importa.

Verdade? O que realmente importa não é o amor? Perdi essa aula? Oh... Ilusão!

A questão é outra. O que todo mundo quer (de verdade) é alguém pra mentir só um pouquinho para a gente, assim bem de leve mesmo, uma mentirinha de nada, que é pra gente acreditar de verdade. Que é pra gente continuar achando que quer o que acredita querer e pronto.

É ou não é verdade?

Um comentário:

AnaCarolina disse...

Gostei! Verdades sem meias palavras . Parabéns