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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os limites da arte

Arte e revolução caminham juntos? É possível mudar os moldes de produção artística contemporânea, estes, baseados no quadro socio/economico/cultural hedonista vigente? Design vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Perguntas difíceis de responder. Quadro difícil de observar, perdoem o trocadilho.

Desde a invasão ocorrida no centro Universitário Belas Artes no meio do ano liderada por um aluno matriculado na mesma instituição, no curso de artes visuais, venho acompanhando pela imprensa o movimento de grupos que se propõem a desmistificar a arte através da degradação, pichação, intervenção, vandalismo ou sei lá do que chamar isso. Seguiram-se a este evento o ataque a Galeria Choque Cultural e mais recentemente, no domingo dia da abertura oficial do evento, a investida foi na 28ª Bienal de São Paulo onde o grupo de pichadores deixou sua marca no polêmico andar do "vazio".

Dogmas políticos à parte, acho isso uma baixaria visual de bestialidade tamanha que não se aplica ao ser humano. O carater revolucionário dessas investidas não se sustenta por não haver por parte dos revoltos uma oposição concreta no que diz respeito aos temas que, pelo que entendi, eles se propõem derrubar. Entendo eu que, revolucionário seria, acredito, propor escolas visuais de vanguarda, ou defende-las e dissemina-las como alternativa às formas convencionais de arte vigentes. Sou admirador de vários artistas oriundos da pichação, estes sim comprometidos em fincar no atual panorama das artes a bandeira de uma nova escola visual em muito incompreendida como muitas de suas antecessoras.

Como publicitário sempre fico atento a questões como esta. Afinal arte é uma forma de expressão sim, mas com o intuito de fazer o ser humano refletir sobre o indivíduo e o meio em que vive. Página dupla na Veja e tag's feitas com spray definitivamente não são, nem podem ter pretensão de ser arte.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Shepard Fairey | HOPE

Uma das mais icônicas imagens associadas a campanha do presidente americano Barack Obama não foi criada por sua equipe de marketing e nem por ninguem ligado diretamente à sua campanha. A imagem que estampou bottons e camisetas e que se multiplicou pelas ruas e pela internet em diversos formatos foi criada por um artista de rua de Los Angeles. Shepard Farey viu sua popularidade subir instantâneamente e tratou de dar sua opinião a respeito do que pensa da arte e sua função social. Na visão do artista de rua, que agora tem seus trabalhos espostos também em galerias, essa forma de arte que vem das ruas é a que tem mais impacto nas pessoas.
Shepard recebeu recentemente o Character Approved criado pela USA Network para homenagear personagens que trabalham pela inovação na cultura, arte e comunicação. Entre os que receberam a honraria esta também Jimmy Wales criador da Wikipédia.
Muitos andam criticando-o por estar traindo uma forma de expressão que parte das ruas, porém, o poder desse tipo de mensagem é gigantesco e deve ser explorado sim em todas as suas possibilidades. Assim como Shepard outros artistas de rua estão vendo o seu trabalho tomar grandes dimensões por conta da internet como é o caso de Banksy por exemplo e isso é bom pois questiona os formatos carcumidos sem precisar afrontá-los com depredação (como aconteceu aqui no Brasil, na Belas Artes e na Bienal)

Vendido ou não Shepard apresenta um trabalho questionador das suas proprias origens e inspirações. Ele provou que propaganda massiva pode ser usada a favor de um bem comum e não apenas para interesses privados.
Abaixo segue um video em que Shepard Farey fala do seu trabalho e de suas intenções como street artist.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Pixo

Assista um trecho do documentário Pixo feito pelo fotografo da Folha de São Paulo João Wainer que discute a pichação na cidade de São Paulo. O documentário contem registros inéditos de várias ações dos pichadores inclusive a invasão do Centro Universitário Belas Artes que eu comentei aqui.